EDUCAÇÃO NA SOCIOLOGIA CLÁSSICA: as
perspectivas de Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber
Por Joel Reis
Ao iniciar esta reflexão e
postulando ingressar no magistério, aponto que cada vez mais a expressão 'do meu ou do seu ponto de vista' se tornou essencial e razoável.
Abordar o filósofo, sociólogo e economista Karl Marx é uma tarefa
excessivamente complexa e, ao mesmo tempo algo simples, fácil de entender. Permaneço
na questão do ponto de vista. O assunto também requer prévias definições do que
seja situá-lo no seu tempo histórico e pensar em contribuição para qual
educação.
Marx (1818-1883) desenvolveu na sua obra o materialismo histórico no que diz respeito das relações sociais que são fruto das necessidades da vida humana. Por isso, a economia política que versa sobre como estabelecer a produção, torna-se a base para Marx, nos estudos a respeito do homem. Pregou, então, o materialismo histórico, o dialético, o modo de produção e a mais-valia, a luta de classes, a ditadura do proletariado, sua teoria sobre ideologia, sobre a alienação e a passagem para o comunismo. Nessa reflexão, ainda vemos que diante do lado do bem e do lado do mal.
Numa crítica da Filosofia do Direito de Hegel, Marx cita "o sofrimento religioso é ao mesmo tempo a expressão do sofrimento verdadeiro e um protesto contra o sofrimento real. A religião é o suspiro da criatura aflita, o coração de um mundo sem coração, é o espírito da situação sem espírito. A abolição da religião como felicidade ilusória é o que falta para sua verdadeira felicidade..." (GUIA HISTÓRIA DA FILOSOFIA, 2016).
Marx (1818-1883) desenvolveu na sua obra o materialismo histórico no que diz respeito das relações sociais que são fruto das necessidades da vida humana. Por isso, a economia política que versa sobre como estabelecer a produção, torna-se a base para Marx, nos estudos a respeito do homem. Pregou, então, o materialismo histórico, o dialético, o modo de produção e a mais-valia, a luta de classes, a ditadura do proletariado, sua teoria sobre ideologia, sobre a alienação e a passagem para o comunismo. Nessa reflexão, ainda vemos que diante do lado do bem e do lado do mal.
Numa crítica da Filosofia do Direito de Hegel, Marx cita "o sofrimento religioso é ao mesmo tempo a expressão do sofrimento verdadeiro e um protesto contra o sofrimento real. A religião é o suspiro da criatura aflita, o coração de um mundo sem coração, é o espírito da situação sem espírito. A abolição da religião como felicidade ilusória é o que falta para sua verdadeira felicidade..." (GUIA HISTÓRIA DA FILOSOFIA, 2016).
O
Capital analisa o sistema capitalista do século XIX, estabelece a relação entre valor e o tempo de trabalho socialmente necessário
para a produção de um bem, além de determinar que o lucro dos meios de produção seja dado pelo
tempo de trabalho do operário que, o capitalista, deixa de pagar no salário
desse trabalhador. Na sua teoria há percepções de polêmica; seria revolucionária,
ao questionarem a validade da análise marxista voltada para a realidade
do surgimento do capitalismo do século XIX e sua aplicação à sociedade atual
com o capitalismo bem avançado.
Na atualidade é bom, então, a tomada
de consciência sobre leis que subjugam as pessoas, que as tornam reféns e geram
preocupações. Nesse ponto a contribuição de Marx é relevante, importante na
formação do pensamento social e político.
Os passos em relação à
consolidação do capitalismo representavam a desintegração, a ruptura de
costumes em instituições vindos junto com a introdução de novas formas de
sociedade. Nesse contexto, Durkheim (1858-1917), um dos fundadores da
sociologia, afirma que a partir do momento em que "a tempestade revolucionária
passou a construir noção de ciência social e a burguesia instalada no poder se
assusta com a sua revolução" (MARTINS, 1994, p. 26). Durkheim relata que a
ciência surge com interesses práticos. Como resposta à crise social, ele e os
primeiros sociólogos irão revalorizar determinadas instituições que, segundo
eles, desempenham papeis importantes na integração e coesão da vida
social.
A
oficialização da sociologia foi uma criação do positivismo. Esta sociologia
positivista procura construir uma teoria social separada não apenas da
filosofia negativa, mas também da economia política como base para o
conhecimento da realidade social. Para Durkheim a questão da ordem social seria
uma preocupação constante. Ocupou e estabeleceu o objeto de estudo da
sociologia assim como indicou o seu método de investigação. Através dele a
sociologia adentrou a universidade sendo conferida como disciplina acadêmica.
Elaborou
sua obra num período de crises econômicas que geraram desemprego e miséria
entre trabalhadores tendo como consequência a luta de classes, com os operários
utilizando a greve como instrumento de luta e fundando os sindicatos. A partir
dessa situação de conflito, o início do século XX também foi marcado por
grandes progressos no campo tecnológico, como exemplos a utilização do petróleo
e a eletricidade como fontes de energia.
Suas
ideias constituíam na tentativa de fornecer uma resposta às formulações
socialistas. Discordava das teorias socialistas quanto à ênfase que elas atribuíam
aos fatos para diagnosticar a crise das sociedades europeias.
Acreditava
que a raiz dos problemas de sua época não era de natureza econômica, mas sim
uma fragilidade da moral da época em orientar adequadamente o comportamento dos
indivíduos. Destacava que os programas de mudança pelos socialistas no que diz
respeito as modificações na propriedade e distribuição de riqueza, ou seja,
medidas econômicas, não contribuíam para solucionar os problemas da época. Para
ele, a divisão do trabalho deveria provocar uma relação de cooperação e
solidariedade entre os homens
As
nossas maneiras de se comportar, de sentir as coisas, de curtir a vida, além de
serem criadas e estabelecidas 'pelos outros', isto é, através das
gerações passadas, possuem a qualidade de serem coercitivas. Assinalam assim o
caráter impositivo dos fatos sociais. Durkheim diz que nos comportamos segundo o
figurino das regras socialmente aprovadas: menosprezou a criatividade dos
homens no processo histórico. Surgem como seres passivos jamais como sujeitos
capazes de negar e transformar a realidade.
Com
Max Weber (1864-1920), vê-se a intenção de conferir à Sociologia uma reputação
cientifica. Insistiu em estabelecer uma clara distinção entre o conhecimento
científico, fruto da investigação e os julgamentos de valor sobre a realidade.
Desejava
assinalar que um cientista não tinha o direito de possuir, a partir de sua
profissão preferências políticas e ideológicas. A busca de uma neutralidade
científica levou Weber a estabelecer rigorosa fronteira entre o cientista,
homem do saber, das ações e de decisões, comprometido com as questões políticas
da vida.
Segundo
Weber, o que a ciência tem a oferecer a esse homem de ação é um entendimento
claro de sua conduta, das motivações e das consequências dos seus atos. A ideia
de uma ciência social neutra seria um argumento útil e fascinante para aqueles
que viviam e iriam viver a sociologia como profissão. Seria isso um recurso
utilizado pela luta, pela liberdade intelectual, uma forma de manter a
autonomia da sociologia e face da burocracia do estado alemão da época.
Sua
obra viveu no período de grande surto de industrialização e crescimento
econômico no contexto de impotência política da burguesia, quando Weber
observou que o que o preocupava não era a ditadura do proletariado, mas a 'ditadura
do funcionário'. A universidade também enriqueceria e o professor, pequeno
burguês, deu lugar ao docente de classe alta e média.
Weber
receberia forte influência marxista, sua sociologia considerava o indivíduo e
sua ação como ponto chave da investigação. Procurou conhecer a fundo a essência
do capitalismo moderno. O seu elogio ao caráter antitradicional do capitalismo
inglês, principalmente o norte-americano, era a forma de ele atacar os aspectos
retrógrados da sociedade alemã, principalmente latifundiários prussianos.
As
obras de Marx, Durkheim e Weber constituem um momento decisivo na formação da
sociologia, estruturando de certa forma as bases do pensamento sociológico. Pois procuraram elucidar as vultosas transformações pela qual passava a sociedade europeia, principalmente as provocadas pela formação e desenvolvimento do capitalismo.
REFERÊNCIAS
MARTINS, Carlos Benedito. O que é sociologia, coleção primeiros
passos. 21. ed. São Paulo: Brasiliense. 1994, p. 26-33, 61-71.
GUIA HISTÓRIA DA FILOSOFIA. São Paulo: Editora on-line, ano 1, n.1, São Paulo, 2016.
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