A HISTÓRIA DA FRENOLOGIA

ORIGENS

A frenologia é a ciência que estuda as relações entre o caráter de uma pessoa e a morfologia do crânio. É um objeto muito antigo de estudo. O primeiro filósofo a localizar faculdades mentais na cabeça era, na verdade, Aristóteles. 

Diversas tipologias foram definidas, ligando a fisionomia ao caráter. O estudo da face, fisionômica, foi particularmente estudado pelo autor suíço do século XVIII Lavater.

GALL E O NASCIMENTO DA FRENOLOGIA MODERNA

Franz Joseph GALL (1758-1828) 

A verdadeira Frenologia Científica estabeleceu uma ligação direta entre a morfologia do crânio e o caráter humano e foi descoberta pelo médico austríaco Franz Joseph GALL (1758-1828). Gall colocou as bases para uma caracterologia anatômica. Ele foi um dos primeiros a considerar o cérebro como o lar de todas as atividades mentais. 

Na introdução à sua principal obra The Anatomy and Physiology of the Nervous System in General, and of the Brain in Particular (A Anatomia e a Fisiologia do Sistema Nervoso em Geral, e do Cérebro em Particular), Gall faz a seguinte declaração em relação aos princípios nos quais ele baseou sua doutrina: 

• Que faculdades morais e intelectuais são inatas; 
• Que o seu exercício ou manifestação depende da organização; 
• Que o cérebro é o órgão de todas as propensões, sentimentos e faculdades; 
• Que o cérebro é composto de muitos órgãos particulares, pois há propensões, sentimentos e faculdades que diferem essencialmente uns dos outros; 
• Que a forma da cabeça ou do crânio representa a forma do cérebro e, portanto, reflete o desenvolvimento relativo dos órgãos cerebrais. 

Essas afirmações podem ser consideradas como as leis básicas sobre as quais a ciência da frenologia foi construída.  

Através de observação cuidadosa e extensas medições experimentais, Gall foi capaz de ligar aspectos de caráter conhecidos como faculdades, a precisas localizações do cérebro. 

O colaborador mais importante de Gall foi Johann SPURZHEIM (1776-1832), que disseminou com sucesso a Frenologia no Reino Unido e nos EUA. 

Johann SPURZHEIM (1776-1832) 

Outros autores importantes sobre o assunto no último século incluem os irmãos escoceses George COMBE (1788-1858) e Andrew COMBE (1797-1847). George Combe foi o autor de algumas das obras mais populares sobre a frenologia e a higiene da mente, como The Consitution of Man or Man ou Elements of Phrenology (A Constituição do Homem ou Elementos da Frenologia).

George COMBE (1788-1858) 

Andrew COMBE (1797-1847) 

Os irmãos americanos Lorenzo Niles FOWLER (1811-1896) e Orson S. FOWLER (1809-1887) foram os principais frenologistas do seu tempo. Lorenzo passou grande parte de sua vida na Inglaterra, onde montou a famosa editora frenológica da L.N Fowler & Co. 

Lorenzo Niles FOWLER (1811-1896) 

Orson Squire FOWLER (1809-1887) 

FRENOLOGIA VITORIANA

No início do século XIX, a Frenologia ganhou um interesse crescente. Algumas pessoas sem escrúpulos, no entanto, abusaram da ciência para fins comerciais, e o período vitoriano viu o surgimento de salas frenológicas mais próximas da astrologia, da quiromancia e semelhantes, do que da verdadeira caracterização científica. Infelizmente, esses vigaristas fizeram muito para manchar a imagem da Frenologia como uma ciência real, e a má influência deles estão presentes até hoje.

REFERÊNCIAS

PHRENOLOGY. The History of Phrenology. [S.l.: s.n.], 2018. [on-line]. Disponível em: <https://www.phrenology.org/intro.html>. Acesso em: 27 abr. 2018.