Franz Joseph Gall nasceu em Baden, Alemanha, em 9 de março de 1758.
Gall estudou medicina em Viena, e se tornou um renomado neuroanatomista e fisiologista. Ele foi pioneiro no estudo da localização das funções mentais no cérebro. Por volta de 1800, ele desenvolveu a "cranioscopia", um método para adivinhar a personalidade e desenvolvimentos das faculdades mentais e morais com base na forma externa do crânio. Cranioscopia (cranium = crânio, scopos = visão) foi posteriormente renomeada como frenologia (phrenos = mente, logos = estudo) por seus seguidores.
Com seus revolucionários conceitos de localização cerebral, Gall ofendeu os líderes religiosos e cientistas. A igreja considerou a teoria dele como contrária à religião (era um anátema acreditar que a mente, criada por Deus, tinha um local físico). A ciência oficial também o condenou por muitas razões, incluindo o fato de que ele não pode fornecer provas científicas concretas sobre sua teoria; mas, pelo fato da frenologia ter sido rapidamente apropriada por charlatães, ela foi considerada como uma forma desonesta de ganhar dinheiro. Devido a isto, Gall, que trabalhou e ensinou em Viena, Austria, foi forçado a deixar o país em 1805, e foi para a França. Naquele país, ele também não teve sorte, porque Napoleão Bonaparte, o imperador reinante, e a ciência oficial, conduzida pelo Instituto da França, pronunciou sua ciência como inválida. Apesar disto, Gall foi capaz de manter uma confortável existência com base em sua especialidade.
As teorias e práticas frenológicas de Gall foram melhor aceitas na Inglaterra, onde a classe dominante a usou para justificar a "inferioridade" de seus servos coloniais incluindo os irlandeses, e logo em seguida nos EUA, onde se tornou muito popular de 1820 a 1850.
Apesar disso, Gall fez muitas contribuições para a "ciência real", tais como a sua descoberta de que a matéria cenzenta do cérebro contem corpos celulares (componentes de neurônios) e a matéria branca contem fibras (axônios). Seu conceito de que a função cerebral era localizada provou-se correto, mas não pelas teorias frenológicas (veja Mapas cerebrais)
Gall morreu em Paris, em 22 de agosto de 1828.
REFERÊNCIAS
SABBATINI, Renato M. E. Cérebro & Mente. [S.l.: s.n.], mar. 1997. [on-line]. Disponível em: <http://www.cerebromente.org.br/n01/frenolog/frengall_port.htm>. Acesso em: 27 abr. 2018.
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