Gall estava certo em dois pontos e absolutamente errado em outros dois. Quando ele propôs que o cérebro era o órgão da mente, ele se baseava em um campo bem conhecido, com conceitos que foram amplamente aceitos por filósofos e médicos, em seu tempo.
Além disso, o conceito de localização da função no cérebro, por Gall, foi uma nova proposição altamente influente em seu tempo, chamando a atenção para esta possibilidade. Isto não foi baseado em experimentação ou observação clínica, mas em considerações teóricas. A proposta de Gall não foi cientificamente aceita, mas de certa forma ela foi um marco para estas questões.
O terceiro ensinamento da teoria de Gall, que foi o conceito de que os subrgãos do cérebro cresciam de acordo com o desenvolvimento da faculdade mental correspondente, poderia ser possível, mas ele também não foi baseado em evidências científicas e não pôde ser testado empiricamente a tempo. Eventualmente, isto causou grande interesse sobre a relação entre anatomia cerebral, tamanho e peso das propriedades mentais, tais como a inteligência. Nada de valor foi provado em muitos experimentos objetivos, mesmo a nível de anatomia macroscópica.
O quarto e último ensinamento foi totalmente incoerente. As formas e dimensões externas do crânio não têm nada a ver com a conformação do cérebro. Isto pode ser facilmente provado, nos tempos de tomografia computadorizada, a qual torna possível visualizar as relações anatômicas entre essas duas estruturas com maravilhoso detalhe.
SABBATINI, Renato M. E. Cérebro & Mente: Por que Gall Estava Certo e Errado. [S.l.: s.n.], mar. 1997. [on-line]. Disponível em:<http://www.cerebromente.org.br/n01/frenolog/frenologia_port.htm>. Acesso em: 27 abr. 2018.
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